Do Epicuro

Neste começo de ano, que já vai longo, as notícias não podiam andar piores. Aumento da despesa e manutenção do rendimento. Vai acontecer de novo.

Epicuro professava que deveríamos cingir-mo-nos ao essencial e dedicarmos o nosso tempo aos nossos temas e pessoas preferidas.

Na realidade passamos a vida a fazer o que nos mandam alienando aquilo que nos é mais importante. O tempo! Mais que o dinheiro e os bens que ele pode comprar.

O que realmente fazemos é sublimar com as aquisições o vazio de aturar situações que não queremos

Do Ego

Diz o Aurobindo (sim, o Sri):

"While this work of transformation goes on, we must be careful that no egoism, however subtle, enters into our working. When all other egoism has disappeared from the nature, there can still remain the spiritual egoism : 'I am Her instrument, I am the chosen one.' We must be vigilant about this most dangerous form of egoism, because it can arrest all spiritual progress. It is most difficult to perceive this egoism and even where it is evident it is often disguised in self-deceit and so passes unnoticed.'

Porque é que alguns dos seguidores deste pensador não fazem uma introspecção e não assumem nem lutam contra o seu próprio egoísmo? Normalmente gostam de demonstrar a sua superioridade moral relativamente aos "pobres de espírito" (leia-se seguidores dum modus vivendi não orientalista) da pior maneira: com sobranceria, arrogancia e mostrando um egocentrismo atrós. O que será que vêem quando se olham ao espelho?

Inauguração

Cá estou a inaugurar o tal blog.

Peguei na tesourinha e cortei a fitinha encarnada por entre aplausos do povo. Muitas bandeirinhas e beijinhos a crianças. Um banho de multidão. Subo ao tejadilho do carro, que se abate (só um bocadinho) sob o meu peso e improviso um discurso de enaltecimento das qualidades presentes e futuras deste blog.

O tejadilho verga mais um bocadinho. Felizmente o carro não é meu.

Como estou pouco inspirado fica assim.